domingo, 6 de abril de 2014

A passagem da Nina

A morte é  o acontecimento mais brutal para o ser humano. Não existe palavras para descrever este desfecho da nossa pobre vida. Final do ano de 2013, eu e meu filho Guido, o André e sua namorada Larissa viajamos para o Paraná para passarmos o Natal e o Revellion com a família.
Meu filho mais velho ficou em casa, o Thiago. Sempre nos preocupamos em deixar os animais por muito tempo sozinhos, e neste período não foi diferente, alguém ficaria para cuida-los.
Nossos gatos: a  Nina e o Zoio, sempre foram muito caseiros e sem a família por perto sofreriam muito. Viajamos e quando voltamos fomos recebidos com muito alegria, e os animais também nos receberam na porta. Um miava pra cá, o outro que se enrolava nas nossas pernas, e foi uma festa, finalmente todo mundo em casa.
Depois do almoço, como estávamos cansados devido a viagem, fomos descansar e não notamos a ausência da Nina. Quando de repente meu filho André gritou, para, para! Nosso vizinho saíra de carro e atropelou a pobrezinha. Foram cinco dias de muito sofrimento, o veterinário não quis interna-la e deu um prazo, dizendo que se ela sobrevivesse, daria sequencia no tratamento começando com uma delicada cirurgia. Foi triste demais ver aqueles olhos azuis pedindo para liberta-la do sofrimento. Isso me fez refletir muito sobre a vida. As dificuldades nos lapidam, o que muitas vezes não compreendemos. O sofrimento nos ensina a viver, a apreciar melhor a vida, ter mais prazer e se entregar inteiramente. Grandes vencedores trazem consigo uma história de lutas e batalhas. São elas que nos fortificam e tornam-se indispensáveis para o nosso crescimento. Assim é a vida. Aprenda que os sofrimentos não vêm para te derrotar, mas para te tornar mais forte. Abençoada seja a dor que nos tornam humildes e nos engrandecem.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Depois dos quarenta

Eu lamento que minhas maiores inspirações não acontecem quando eu posso transcrevê-las, mas tento guarda-las para um momento em que possa perpetua-las como agora, mas nunca sai como eu penso...
Bem, mas todo mundo já ouviu falar que depois que entramos nos "enta", muita coisa muda na nossa vida. Tenho que concordar! Depois dos quarenta anos você se torna mais leve, estou falando por mim, pois acredito que muitas pessoas passam a vida inteira carregando um fardo desnecessário, parecem se punir por  culpas, por uma redenção inexistente, é muito estranho isto.
Mas, voltando aos quarenta, a idade nos dá uma capacidade de enxergar certas coisas que antes eram muito explicitas aos nossos olhos, mas não víamos. Também nos torna mais a pacientes, consciente de que  não temos tempo a perder com coisinhas, precisamos nos ocupar com grandes coisas.
Aprendemos que não adianta brigar com o que existe para resolvermos, e se caso não tiver solução devemos deletar de nossas vidas.
Há pessoas que passam a vida toda planejando, sonhando e se iludindo como se a vida fosse eterna. Conheci pessoas que fizeram isso a vida toda, até serem surpreendidas por uma doença incurável, e pior que mesmo no leito condenada a morte, insistia em sonhar e planejar. De fato a vida para esta pessoa foi um sonho, a única coisa real foi a dureza em que ela tratou a própria vida. O homem tem evoluído e foi o tempo em que as pessoas deixavam para aproveitar a vida após a aposentadoria, mas entendemos que era a maturidade que despertava esse olhar para a vida.Uma coisa é certa, todo o tempo é tempo para ser feliz, mas a idade nos prepara melhor para o desafio chamado felicidade.